A obstinada defesa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz de sua todo-poderosa ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, como voltou a enfatizar na reunião com o recém-eleito presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), está lhe custando um precioso capital político.
Na reunião, Lula se esmerou em livrar Marina de qualquer responsabilidade pela interminável protelação do Ibama para conceder à Petrobras a licença ambiental para a perfuração de um poço exploratório no litoral norte do Amapá, à qual a intocável Marina se opõe obstinadamente.
Ocorre que ninguém no mundo político brasiliense engole mais a farsa da “análise técnica” do Ibama, pois não há qualquer justificativa aceitável para legitimá-la, é pura pirraça ideológica e política do braço tecnocrático da “Máfia Verde” que domina a política ambiental brasileira há mais de três décadas.
Além disso, Marina tem escasso apoio político, integrando um partido com um único deputado federal, sendo mantida por Lula apenas pelo seu prestígio internacional junto ao aparato ambientalista-indigenista.
Mas com um peso pesado como Alcolumbre assumindo a liderança do esforço político para encerrar a ostensiva sabotagem de Marina e seus acólitos, ficará cada vez mais difícil para Lula manter a sabotagem que seu governo vem fazendo há mais de dois anos à exploração da Margem Equatorial Brasileira.