Com o lamentável apoio do Brasil, o antropólogo estadunidense naturalizado colombiano Martin von Hildebrand, criador do infame Corredor Triplo A, foi nomeado secretário-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). A nomeação foi anunciada na 16ª Conferência das Partes (COP-16) do Convênio sobre Biodiversidade das Nações Unidas, em Cáli, Colômbia.
Hildebrand é um veterano operativo do aparato ambientalista-indigenista internacional, sendo fundador e presidente da ONG Fundação Gaia Amazonas.
Em 2015, apresentou o projeto do Corredor AAA (ou Triplo A, de Andes-Amazônia-Atlântico), uma ambiciosa e insidiosa proposta para criar um vasto corredor de unidades de conservação e terras indígenas, que literalmente “esterilizaria” para atividades econômicas uma área com mais de 1 milhão de quilômetros quadrados entre os Andes e o Oceano Atlântico, a maior parte dela em território brasileiro.

Apesar de endossada pelo governo do então presidente colombiano Juan Manuel Santos (2010-2018), que pretendia apresentá-la na conferência climática de Paris (COP-21), a proposta foi torpedeada pela reação negativa do governo brasileiro da época, capitaneada pelo Exército e pelo Itamaraty, após a denúncia feita pelo Movimento de Solidariedade Ibero-americana (MSIa).
Não obstante, Hildebrand não desistiu dela, conseguindo influenciar até mesmo o Vaticano, por intermédio do então reitor da Academia Pontifícia de Ciências e da Academia Pontifícia de Ciências Sociais, o cardeal malthusiano Marcelo Sánchez Sorondo, que as recheou de militantes correligionários travestidos de cientistas.
Não por coincidência, ele foi o principal artífice do Sínodo da Pan-Amazônia de 2019, juntamente com o presidente da ONG Fundação Amazônia Sustentável (FAS), uma das mais ricas do Brasil, Virgílio Viana, com estreitos vínculos com o ex-governador Eduardo Braga. No mesmo contexto, não surpreende a recente nomeação de Leonardo Steiner para a recém-criada Arquidiocese de Manaus, anunciado como o primeiro cardeal da Amazônia.
A presença de um militante “verde-indígena” do calibre de Hildebrand na OTCA sinaliza um alerta vermelho para o Brasil, já às voltas com a enorme influência com que aquele aparato antidesenvolvimentista foi empoderado no País.
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