A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, vendeu caro a humilhação que lhe foi imposta na audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, no último dia 16 de outubro, quando foi rotulada como “capacho de ONGs”.
Dias depois, para a prestigiar foi enviada pelo presidente Lula a Washington, junto com o ministro da Fazenda Fernando Haddad, para promoverem os “investimentos verdes” no País, leiam-se esquemas de pagamento por serviços ambientais para manter as “florestas em pé”, peça central da ilusória agenda do Brasil como “potência ambiental”, que o governo Lula insiste em promover como forma de protagonismo internacional.
Em seguida, foi a Cáli, Colômbia, para participar da 16ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP-16). Ali, empenhou-se em criticar o Código Florestal brasileiro e o dispositivo da Reserva Legal, aprovados pelo Congresso Nacional em 2012, permitindo o abate da vegetação original em até 20% nas propriedades privadas situadas no bioma Amazônia e até 65% nas situadas no Cerrado.
“Os homens legislam, mas a natureza não assimila”, disparou ela, em um vitupério contra a bancada ruralista que apenas os brasileiros presentes puderam entender.
Na visão de Marina e seus fanáticos acólitos, o Brasil precisa “zerar o desmatamento”, inclusive o legalizado, até 2030, para justificar o colossal esquema de conversão dos biomas nacionais em contrapartida para a atração de “investimentos verdes” internacionais.
Seguramente, ela não esteve alheia ao apoio brasileiro à nomeação do ambientalista colombiano-estadunidense Martin von Hildebrand, presidente da ONG Fundação Gaia Amazônia e “pai” do famigerado projeto do Corredor Triplo A, para secretário-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), anunciada em Cáli.
Enquanto isso, no Brasil, os tecnocratas-militantes encastelados no Ibama aplicaram mais um golpe de sabotagem aos planos da Petrobras para a exploração da Margem Equatorial Brasileira, negando mais uma vez a licença ambiental para a perfuração de um poço exploratório no litoral Norte do Amapá. A ninguém escapa que a decisão, como as anteriores, nada tem de “técnica”, é sabotagem mesmo, para demonstrar o poderio da “Máfia Verde” no País. Caro está resultando para o Brasil a fantasia do presidente Lula de converter-se em líder de uma ilusória potência verde, ao mesmo tempo que o mundo se afasta das dispendiosas agendas verdes. Basta ver as eleições europeias.