O retorno de Donald Trump à Casa Branca e a sua mão pesada desfechada contra o aparato montado sobre o alarmismo climático e a “descarbonização” da economia, já no primeiro dia do mandato, deixam cada vez mais claro que a agenda das “finanças climáticas” caminha rapidamente para o esgotamento.
Por isso, não surpreendem as aflições do governo Lula com a perspectiva concreta do esvaziamento da conferência climática COP30, em Belém (PA), em novembro próximo, da qual a indústria do alarmismo climático espera uma solução definitiva para o financiamento da “transição energética” dos países em desenvolvimento e, no caso do presidente brasileiro, a sua consagração como pretenso estadista global.
A desorientação é de tal ordem que o diplomata André Corrêa do Lago, recém-nomeado presidente da conferência (tendo como executiva a veterana ongueira climática Ana Toni, atual secretária nacional do Clima do Ministério do Meio Ambiente), já fala num “pacto nacional” em torno da COP30. Como disse numa entrevista à CNN Brasil: “Precisamos criar um pacto nacional para chegarmos unidos na COP30. O mundo adoraria ficar apontando: olha lá, estão todos lá divididos com relação à COP. Temos de decidir muito a questão da COP entre nós brasileiros para chegarmos maduros.”
Outro trunfo com que conta para atrair chefes de Estado e de governo, que estiveram ausentes da COP29 em Baku, é o que chama o “poder de convencimento” de Lula, segundo ele, demonstrado na cúpula do G-20 no Rio de Janeiro, no ano passado.
Mas, a julgar pela potência do “Efeito Trump”, a missão do diplomata oferece grandes obstáculos e a conferência, que já enfrenta não poucos problemas com a infraestrutura deficiente da capital paraense, corre o risco de converter-se num virtual “Baile da Ilha Fiscal climático”, tanto para Lula como para a indústria “descarbonizadora”.
Sempre os mesmos interessados em controlar nossas reservas minerais para eles, é óbvio.
As ONG’s que proíbem os nossos indígenas de progredirem culturalmente. E a exploração da nossa flora por multinacionais, que levam mudas para seus países, criam patentes de nossos remédios.
Vergonha