A empresa CNT (China Nonferrous Trading Co.), subsidiária da estatal chinesa CNMC, adquiriu 100% das ações da Mineração Taboca, companhia proprietária da maior reserva de urânio do Brasil, a mina de Pitanga, localizada no município de Presidente Figueiredo, a 100 km de Manaus.
Em Pitanga, além do urânio, extrai-se estanho, tântalo e nióbio. Trata-se de uma reserva de terras raras, as quais ainda não foram devidamente avaliadas pelas autoridades responsáveis do país.
Além da mina de Pitanga, a Mineração da Taboca possui uma unidade de processamento de estanho refinado e ferro-tântalo, ferro-nióbio e ferro-nióbio-tântalo. Em 2023, a empresa obteve uma produção de 5.386 toneladas de estanho refinado e 4.410 t de ferroligas (superando o recorde histórico de 4.008 toneladas), que geraram uma receita de US$ 256 milhões.
A venda da Mineração Taboca foi anunciada por US$ 370 milhões ao governo do Amazonas no dia 26 de novembro. A empresa operava a mina desde 1969.
Os minerais da mina de Pitanga são considerados estratégicos, sendo usados na produção de equipamentos mais sofisticados na indústria aeroespacial.
A venda desta empresa a uma estatal chinesa é mais uma demonstração que o interesse mundial pela Amazônia vai além das florestas, mas também no riquíssimo subsolo. O interesse não pelo bem da Amazônia, mas pelos BENS da região.