Organizações Não Governamentais (ONGs) e instituições que desenvolvem projetos sobre a BR-319 receberam, juntas, nos últimos 15 anos, mais de R$ 122,8 milhões (equivalente a mais de US$ 21,4 milhões* na conversão atual) da Gordon and Betty Moore Foundation (GBMF), instituição internacional ligada a empreendimentos que impactam a floresta, como a extração de combustíveis fósseis no Amazonas pela Eneva S/A.
Estas mesmas ONGs e instituições buscam controlar as narrativas sobre a BR-319 por meio de projetos de governança com o objetivo de obterem mais poder nas decisões sobre a estrada do que o próprio Estado.
A denúncia foi feita por Marcela Leiros, na Revista Cenarium, de acordo com a reportagem publicada aqui.
As instituições que teriam recebido doações da GBMF são o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), Fundação Getúlio Vargas (FGV), Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) e World Wildlife Foundation (WWF).
Por meio dessas doações, essas instituições desenvolveram projetos para interferir no andamento do licenciamento ambiental da reconstrução da rodovia que liga Manaus a Porto Velho, com mais de 800 km de extensão. As obras de reconstrução são alvo de ações do Ministério Público, amparado por ONGs ambientalistas e/ou indigenistas.
Como também aponta a reportagem, a gestora de investimentos da GBMF é a Dynamo Brasil, uma das acionistas da Eneva, empresa que explora petróleo e gás na Amazônia.