Até a ONG radical desmonta um dos principais argumentos contrários à exploração do petróleo na Margem Equatorial. A bola continua com o Ibama.
Em março deste ano, o Greenpeace, ONG que há mais de dez anos encabeça a campanha do aparato ambientalista-indigenista internacional contra a exploração de hidrocarbonetos na Margem Equatorial Brasileira, enviou um dos seus veleiros para uma expedição ao litoral do Amapá, com o objetivo anunciado de demonstrar o suposto risco de um hipotético vazamento de petróleo.
Para isso, lançaram ao mar sete boias derivantes equipadas com localizadores GPS. Cinco delas foram lançadas próximo ao litoral e, como seria de se esperar, acabaram dando à terra em vários locais. As outras duas foram lançadas na área do bloco FZA-M-59, para o qual o Ibama está batendo pé e criando toda sorte de pretextos para negar a licença ambiental para o poço exploratório.
Como se sabe que, na área, prevalece a Corrente Norte do Brasil, que flui de sudeste para noroeste, a simples lógica sugere que qualquer objeto flutuante seja arrastado para o alto-mar, longe do litoral. Pois foi o que aconteceu com as duas boias do Greenpeace, que rapidamente cruzaram a projeção da fronteira marítima com a Guiana Francesa, com uma delas (denominada Boto) flutuando paralelamente ao litoral e dirigindo-se ao Mar do Caribe, e a outra (Tartaruga Marinha), simplesmente, rumando para o alto-mar.
Ou seja, possibilidade zero de um vazamento hipotético chegar à costa do Amapá. Sem falar que a Petrobras já perfurou mais de 6 mil poços no mar sem qualquer acidente de vazamento relevante. Conclusão: os argumentos “técnicos” do Ibama não passam de pirraça ideológica.
Nesta animação do Greenpeace, pode-se acompanhar as trajetórias das boias:
https://www.greenpeace.org/static/planet4-brasil-stateless/2024/06/2ab552dc-gif-300kb.gif