Voz da Amazônia
  • Quem Somos
  • Contato
  • Editorial
  • Amazônia
  • Política
  • De Olhos nas ONGs
23 de outubro de 2024 por Redação

Lorenzo Carrasco: cartel de alimentos está por trás de ações contra os produtores da Amazônia

Lorenzo Carrasco: cartel de alimentos está por trás de ações contra os produtores da Amazônia
23 de outubro de 2024 por Redação

Em entrevista ao jornal eletrônico uruguaio La Mañana Lorenzo Carrasco comentou sobre a Cúpula Agro Global, a influência do cartel de alimentos sobre as políticas restritivas impostas aos produtores da Amazônia, as negociações para o Acordo Mercosul e União Europeia e sobre a persistência do pensamento malthusiano no ambientalismo.

A Cúpula Sul-Americana Agro Global aconteceu em Brasília, nos dias 14 e 15 de outubro, promovida pela Frente Parlamentar Agropecuária. O evento contou com a presença de delegações de países vizinhos como Uruguai e Argentina e produziu uma declaração que pede maior participação do setor na discussão e implementação de políticas ambientais. Para Lorenzo Carrasco, a Carta de Brasília, a declaração, é importante por afirmar a necessidade de integração das cadeias produtivas e o comércio interno no setor.

Mais importante, o encontro se deu em um cenário em que começa a se formar um movimento de resistência contra as imposições do cartel de alimentos, basicamente Cargill, Bunge, ADM, Amaggi, Cofco etc, que atua em conluio com as autoridades europeias que pressionam o agro brasileiro. Carrasco cita a iniciativa das assembleias legislativas de Mato Grosso em Rondônia em suspender incentivos fiscais para produtores submetidos a políticas como a “Moratória da Soja”. Semelhantes iniciativas estão sendo adotadas em outros estados amazônicos, como Pará e Amazonas.

Mais precisamente, seria uma medida originada de um acordo feito entre o cartel e ONGs e autoridades europeias contra os produtores brasileiros, enquanto se negociava o Acordo Comercial Mercosul – UE. Lorenzo Carrasco frisa que a Moratória da Soja vai contra a legislação brasileira contida no Código Florestal, que permite produção agropecuária na Amazônia Legal em 20% da propriedade. Ao passo que a moratória quer limitar a produção nacional a áreas desmatadas antes de 2008.

Segundo Carrasco, o cartel de alimentos não quer muita concorrência do agro sul-americano e do brasileiro, em especial, com os produtores europeus, também seus fregueses, preferindo atacar os produtores brasileiros, sobretudo os menores. Por outro lado, nosso analista também acredita que o Acordo Comercial será inviabilizado por um movimento de revolta dos produtores europeus contra o Pacto Verde europeu, direcionado contra os rebanhos locais, pedindo sua redução em vários países produtores.

Para ele, não há conflito entre conservação ambiental e produção agropecuária, pois ninguém melhor do que os produtores para proteger o meio ambiente, já que dependem do solo e da água. Contudo, o movimento ambientalista, impregnado de mentalidade malthusiana, depois de conferências e exposição midiática se apossou das instituições do Estado, colocando este contra o produtor. Como resposta, o produtor se insurge contra a ação do Estado, sendo que este deveria protegê-lo contra os grandes interesses, travestidos ou não de ambientalismo.

Assim, faz-se necessária uma união internacional entre produtores contra os “pactos verdes” e a agenda do ambientalismo radical, adotado por muitos países do Ocidente. A origem desse pensamento malthusiano está em elites anglo-americanas, que adotam uma visão ultrapassada de que os recursos naturais cresceriam em ritmo mais lento do que a população, ignorando os ganhos de produtividade do agro nos últimos cem anos. No entanto, esse pensamento ultrapassado ganhou nova roupagem com o ambientalismo, que agora associa a produção de alimentos à degradação ambiental, ao aquecimento global e o aumento das emissões de carbono.

Como salienta Lorenzo Carrasco, os produtores brasileiros alimentam 2 bilhões de pessoas, ou 25% da população mundial. Nisso reside a força de seus países e na importância nossa para a economia mundial.

Artigo anteriorDeputado do MS denuncia radicais que vivem no ar-condicionado em Brasília de impedir obra de dragagem no Rio ParaguaiPróximo artigo A briga de Mato Grosso com cartéis e ONGs

1 comments

Mauricio F Gerude disse:
11 de novembro de 2024 às 06:25

O globalismo representado por dez das famílias mais ricas do planeta, estão por trás de toda agenda malthusiana e tudo que aponta para o domínio global. Se julgam donos do mundo. Ideologia de gênero, aborto, homossexualismo e todas as iniciativas que reduzam a população, incluindo a terapia gênica para covid-19. O Ocidente precisa acordar e se voltar para Deus.

Acesse para responder

Deixe um comentário Cancelar resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

ARTIGOS RECENTES

No Acre, o crime é acordar cedo e produzir10 de junho de 2025
“Finanças verdes” em socorro de Marina Silva6 de junho de 2025
A COP30 e as “palafitas” de Belém28 de maio de 2025

EDITORIAL

  • AMAZÔNIA
  • AQUI SE FALA!
  • AUDIOVISUAL
  • BRASIL
  • CAPA
  • CIÊNCIA
  • CULTURA
  • DE OLHO NAS ONGs
  • DESTAQUE
  • ECONOMIA
  • EDITORIAL
  • ENTREVISTAS
  • ESPECIAL
  • INDÚSTRIA
  • MUNDO
  • POLÍTICA
  • POVOS INDÍGENAS
  • Sem categoria
  • ÚLTIMAS NOTÍCIAS

EDITORIA

  • AMAZÔNIA (39)
  • AQUI SE FALA! (30)
  • AUDIOVISUAL (4)
  • BRASIL (21)
  • CAPA (59)
  • CIÊNCIA (9)
  • CULTURA (4)
  • DE OLHO NAS ONGs (16)
  • DESTAQUE (6)
  • ECONOMIA (8)
  • EDITORIAL (2)
  • ENTREVISTAS (4)
  • ESPECIAL (10)
  • INDÚSTRIA (5)
  • MUNDO (3)
  • POLÍTICA (12)
  • POVOS INDÍGENAS (7)
  • Sem categoria (2)
  • ÚLTIMAS NOTÍCIAS (56)

ARTIGOS RECENTES

No Acre, o crime é acordar cedo e produzir10 de junho de 2025
“Finanças verdes” em socorro de Marina Silva6 de junho de 2025
A COP30 e as “palafitas” de Belém28 de maio de 2025

VOZ DA AMAZÔNIA

Com um olhar crítico e independente, oferecendo informações e análies atualizadas, nos dedicamos a cobrir notícias e temas relevantes para a região, desde questões ambientais e sociais até política internacional e economia. Além disso, Voz da Amazônia também se destaca por sua abordagem de origem, trazendo perspectivas e experiências de líderes e especialistas locais para fornecer uma visão mais completa e diversa dos fatos.

About This Sidebar

You can quickly hide this sidebar by removing widgets from the Hidden Sidebar Settings.

Posts recentes

No Acre, o crime é acordar cedo e produzir10 de junho de 2025
“Finanças verdes” em socorro de Marina Silva6 de junho de 2025
A COP30 e as “palafitas” de Belém28 de maio de 2025

Editoria

  • AMAZÔNIA
  • AQUI SE FALA!
  • AUDIOVISUAL
  • BRASIL
  • CAPA
  • CIÊNCIA
  • CULTURA
  • DE OLHO NAS ONGs
  • DESTAQUE
  • ECONOMIA
  • EDITORIAL
  • ENTREVISTAS
  • ESPECIAL
  • INDÚSTRIA
  • MUNDO
  • POLÍTICA
  • POVOS INDÍGENAS
  • Sem categoria
  • ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Meta

  • Cadastre-se
  • Acessar
  • Feed de posts
  • Feed de comentários
  • WordPress.org