Durante evento sobre gás natural realizado em Brasília, no dia 18 de março, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu o incremento da indústria nuclear no Brasil.
“É uma cadeia fundamental e do futuro. Não há salvação fora dela, em especial neste momento de data centers e inteligência artificial, com necessidade de energia cada vez maior”, afirmou o ministro.
De fato, o desenvolvimento computacional, ligado a essas áreas, vai demandar uma geração cada vez maior de energia. Nesse sentido, considerando que o Brasil é um dez maiores produtores de urânio no mundo, Silveira considera que seja um caminho natural o desenvolvimento de novas plantas nucleares.
No que tange à Amazônia, a região também é uma das grandes produtoras nacionais do minério estratégico para o uso na indústria nuclear. Em especial, as minas de Pitinga, no Amazonas, que ficam próximas a Manaus poderiam ser usadas para processamento de urânio para usinas na região ou no Centro-Oeste, considerando o crescimento econômico e aumento do consumo em Mato Grosso, que vem despontando como um dos centros da agroindústria.
O Brasil, no entanto, só tem duas plantas nucleares em funcionamento (Angra 1 e 2), no estado do RJ, sendo que Angra 3 está com as obras paralisadas há cerca de dez anos. A história da indústria nuclear brasileira é tumultuada, cheia de percalços e vigiada pelos estrangeiros, mas cabe às autoridades brasileiras buscar sua viabilidade, considerando o potencial de seu aproveitamento, dadas as condições naturais de abundância de matéria-prima.