Parece mesmo que o governo Lula está determinado a declarar guerra ao clima global. Primeiro, foi o presidente da conferência climática COP30, André Corrêa do Lago, que rotulou as mudanças climáticas como o “inimigo comum” da humanidade. Agora, a inefável ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, quer incluir o fenômeno na lista de inimigos a quem uma guerra deve ser declarada.
Ontem, em Brasília, na saída de uma reunião com os ministros do meio ambiente do grupo BRICS, ela se meteu a criticar a guerra tarifária deslanchada contra mais que meio mundo pelo presidente Donald Trump. E saiu-se com esta “pérola” de visão estratégica e estadismo: “Neste momento, no lugar de fazer guerra um com outro, bélica ou tarifaria, deveríamos estar fazendo guerra contra pobreza, mudança do clima, desertificação e perda de biodiversidade.”
Ou seja, Marina quer mesmo mobilizar o Brasil para uma cruzada contra um pleonasmo. Sim, porque, como constata qualquer um que se disponha a consultar os registros paleoclimáticos sem o viés da delirante agenda da “descarbonização”, a mudança é o estado natural do clima terrestre. Em nenhum momento da história geológica do planeta, houve um clima “estático”, e nunca haverá. O que converte a própria expressão mudança climática num pleonasmo puro e simples.
Mas não se sabe se o Estado-Maior das Forças Armadas tem algum plano de contingência para essa guerra decisiva proposta pela visionária sumo sacerdotisa da “Igreja Fundamentalista do Santuário Amazônico”.