Em linha com a política de investimento na mineração de urânio, é preciso que entre nos planos do governo o aproveitamento das reservas do Pitinga, em Presidente Figueiredo, adquiridas recentemente pela compra da Taboca Mineração pela estatal chinesa CNT
Pelo país, a mineração do urânio está sendo retomada pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Em 2020, a estatal passou a explorar as reservas de Caetité (MG) e hoje aguarda licença do Ibama para explorar as reservas em Santa Quitéria (CE).
A retomada da mineração de urânio está em sintonia com a política energética de fomento à construção de pequenos reatores nucleares, como forma de geração de energia sem emissão de gases poluentes – conforme as diretrizes do governo federal. Nesse ponto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vem conquistando espaço para investir na indústria nuclear.
Em novembro, foi assinado um acordo entre a Nuclep e a empresa russa Rosatom para fabricação de reatores nucleares modulares, que prevê, inclusive, transferência de tecnologia para a estatal brasileira. Trata-se de pequenos reatores que podem ser usados como geradores de energia de menor porte, de modo a diversificar a matriz energética e as fontes de energia.
Tendo em vista a proximidade da minas de Pitinga de Manaus, a exploração de urânio no Amazonas poderia fomentar a indústria na capital do Estado, quem sabe com a instalação de indústrias de equipamentos dos geradores, aproveitando-se o potencial industrial da cidade, sede da zona franca.
Dessa forma, as reservas de urânio adquiridas pelos chineses não podem ser descartadas como resíduo e precisam ser encampadas ou exploradas em conjunto com a INB. Trata-se de uma oportunidade de investimento e desenvolvimento econômico para a região, que não pode ser ignorada pelas autoridades.