A “lenga-lenga” continua… E agora, presidente?
Técnicos do Ibama recomendaram a não concessão da licença ambiental solicitada pela Petrobras para realizar a exploração de petróleo na Margem Equatorial, na plataforma continental, próxima ao Amapá.
Segundo o Ibama, o plano de resgate da fauna em caso de vazamento de óleo é considerado insuficiente, mesmo com a reapresentação do plano de riscos ambientais pela estatal do petróleo, após a negativa da licença em 2023.
Para atender às exigências do Ibama, a Petrobras anunciou a construção de uma base de apoio em Oiapoque, que deve ficar pronta em março. A empresa também garantiu que disponibilizará embarcações para operações de resgate da fauna, em caso de acidente.
A palavra final, diante desta nova negativa, ficaria a cargo do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
Em declaração recente, em uma rádio em Macapá, o presidente Lula criticou o órgão ambiental pela demora na concessão da licença, quando disse que o Ibama “não podia ficar nessa lenga-lenga”, como se não fosse um órgão do governo, “parecendo que é um órgão contra o governo”.
Diante do quadro de reestruturação de alguns ministérios, com troca de comando na Saúde (saída de Nísia Trindade para entrada de Alexandre Padilha), resta saber se há mesmo ministras e/ou presidente de autarquia que não podem ser demitidos, por atrapalharem projetos do governo – ou pelo menos Lula indica que sim.
A hora é esta.