Muitos não entenderam a pressa do governo brasileiro, nas figuras do ministro da Agricultura Carlos Fávero e do chanceler Mauro Vieira para aceitar a desculpa um tanto esfarrapada do executivo-chefe do Carrefour sobre a sua bravata de que a rede francesa não compraria mais carne do Mercosul. Pressa, aliás, compartilhada pelos cartéis de grãos internacionais que operam no Brasil.
A explicação tem a ver com a conferência climática COP-30, em Belém (PA), em 2025, que corre um sério risco de esvaziamento, não só por conta do “efeito Trump”, com sua notória rejeição à agenda da “descarbonização” da economia, mas pelos questionamentos cada vez maiores que têm sido feitos a ela, devido aos seus altos custos e limitações tecnológicas.
Sem os EUA de Trump, resta em cena a União Europeia, onde a agenda também está sendo questionada e golpeada de todos os lados, principalmente, pelos setores produtivos agropecuários e industriais, e as próximas eleições em países-chave como a Alemanha (onde os Verdes estão cada vez mais desmoralizados) podem reforçar o efeito.
No Brasil, a COP-30 é o que resta para salvar a fantasia do presidente Lula e do governador paraense Hélder Barbalho, de que a conferência poderá ser um palco para as suas pretensões de estadismo global e de grandes negócios com instrumentos de “financiamento climático”, como os créditos de carbono. Para ambos, a França de Emmanuel Macron sobra no palco como a principal aliada para o pretendido sucesso da conferência.
Como o caso Carrefour afeta diretamente as relações com Paris, melhor virar a página rapidamente.
Em tempo: o Carrefour é uma das empresas que apoiam a famigerada Moratória da Soja, juntamente com os cartéis de grãos, que estão em conflito com os governos de Rondônia e Mato Grosso, pela ousadia de investir contra as manipulações da agenda de restrições à produção nacional disfarçada de zelo ambiental.
se nao houver uma guerra civil nao restara nada para salvar, nem amazonia, nem nossas casas, filhos, nada.