Produtores Rurais Independentes da Amazônia vão se organizar em um movimento para lutar por suas reivindicações.
Os integrantes cobram do governo federal a contrapartida do que está estipulado no Código Florestal. Enquanto seguem preservando 80% da área de suas propriedades em floresta nativa, o governo caminha devagar na regularização fundiária e ambiental, sem receber nada pela preservação da floresta.
Colocam-se contra o modelo adotado pelo Fundo Amazônia e pelas ONGs. Pelo fundo países ricos enviam bilhões de dólares para projetos de “conservação ambiental”, com a participação das ONGs, que não geram efeito prático algum em termos de conservação ambiental e desenvolvimento regional para a Amazônia. Enquanto isso, os financiadores do fundo “limpam as mãos” mantendo suas atividades econômicas poluentes e sua agricultura que não respeita limites de reserva legal – ao contrário do que estipula o Código Florestal brasileiro, aprovado há pouco mais de uma década.
Protestam também contra a ação do Ministério Público, que vem agindo contra os produtores rurais em ações descabidas, sem a presunção de inocência e sem o devido processo legal. Para eles, o MP acabou por se tornar um “braço institucional” das ONGs, em ações de desapropriação, apreensão e rastreabilidade do gado e no Termo de Ajustamento de Conduta da Carne, para citar alguns exemplos.
Por fim, os produtores pedem um assento nas mesas de negociação da COP 30, a ser realizada em Belém, no ano que vem, e que sejam reconhecidos por todos, nas discussões ambientais, como parte interessada, representando os interesses regionais dos amazônidas.