Nomeado para dirigir o órgão em 2023, Rodrigo Agostinho está na política desde 2001, mas também ocupando cargos no terceiro setor.
Rodrigo Agostinho está na presidência do Ibama desde 24 de fevereiro de 2023. Para a nomeação para o cargo, contou com apoio da ministra Marina Silva e do empresário Guilherme Leal, da Natura, e patrocinador de diversas ONGs ambientalistas.
Rodrigo Agostinho nasceu em 1977 e formou-se em Direito pela Instituição Toledo de Ensino de Bauru (SP), em 2001, mesmo ano em que assumiu cargo de vereador na cidade. Em 2008, elegeu-se prefeito por dois mandatos. Em 2019, assumiu o cargo de deputado federal pelo PSB, mesmo partido de Geraldo Alckmin, que governou São Paulo por praticamente quatro mandatos.
Foi também membro titular do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e, na Câmara dos Deputados, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. No seu currículo Lattes, da plataforma de pesquisadores do CNPq, constam também uma graduação em Biologia pela Universidade Metropolitana de Santos, e três especializações cursadas no período em que esteve na Câmara. Haja dedicação aos estudos!
Apesar de ter quase toda sua vida profissional na política, na página do Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA-USP), constam atividades profissionais nas ONGs, ou seja, no chamado “terceiro setor”, como fundador do Instituto Ambiental Vidágua, de Bauru, gerente do Instituto Arapyaú e líder do RAPS Brasil (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), instituição que encerrou as atividades em 2024. Antes disso, em 2004, participou do Programa Internacional de Líderes Ambientais (LEAD) da Fundação Rockfeller.
Tanto o Instituto Arapyaú como o RAPS são patrocinados por Guilherme Leal, ex-candidato à vice-presidência na chapa com Marina Silva em 2010. Leal ainda continua de frente em projetos de lobby ambientalista, como a Coalizão Brasil e Uma Concertação pela Amazônia. O RAPS, um programa de formação de líderes, tal como o Renova BR, mantido por Jorge Paulo Lehmann, um dos sócios do mega-fundo 3G, durou de 2012 a 2014, tendo como uma das sócias outra figura próxima a Marina Silva, Maria Alice “Neca” Setúbal, do Itaú S.A.
À frente do Ibama, Rodrigo Agostinho ganhou grande poder decisório, capaz de impedir ou alterar projetos importantes para o país, como a exploração do petróleo na Margem Equatorial, o funcionamento da Usina de Belo Monte e a reconstrução da BR-319, para citar alguns situados na região amazônica. Nos processos de licenciamento ambiental, fica responsável pela palavra final e pela decisão de arquivamento ou não de um pedido. Certamente, com apoio da ministra do Meio Ambiente e do presidente da República.