Com a volta das chuvas no Centro-Oeste e partes da Região Norte, o Ministério da Agricultura prevê safra recorde em 2024/2025, apesar do discurso de catastrofismo climático de meses atrás.
Outubro chegou e trouxe a chuva de volta para o Brasil Central e também o início do período de plantio da soja. Mantendo-se a regularidade das chuvas, em linha com as previsões metereológicas, o Ministério da Agricultura calcula que a safra 2024/2025 deve atingir 322 milhões de toneladas no país, um aumento de 8,3% em relação a 2023/2024, quando a seca prejudicou o cultivo.
A safra recorde continua sendo 2022/2023, quando foram colhidos 319,8 milhões de toneladas, contra 297 milhões de 2023/2024. Nos últimos quinze anos, a produção nacional vem aumentando não só com a expansão da área de cultivo mas com aumento da produtividade.
A produção brasileira de grãos alcançou a marca dos 100 milhões de toneladas na safra 2000/2001 e ultrapassou a marca dos 200 milhões na safra 2016/2017. O aumento da produção foi obtido com ganhos de produtividade e não com aumento da área de cultivo – ao contrário do que muitos leigos possam pensar.
Contudo, o aumento da produção e da produtividade da agricultura brasileira se fez pari passo com o aumento da pressão do aparato ambientalista sobre os produtores nacionais, como se esses fossem responsáveis pela destruição da Floresta Amazônica e pelo “aquecimento global” ou “emergência climática”. Se houvesse um quadro de catástrofe climática se avizinhando, a produção agrícola não aumentaria tanto. Ainda que os ambientalistas radicais digam que um dia (no futuro) isso venha a chegar. Nada que não tenham feito nos últimos 40 anos.
O regime de chuvas no Brasil é cíclico: na maior parte do país, o período de seca vai de maio a outubro e o chuvoso de novembro a abril. Cíclicas também são as secas, que levam a quebra de safras, apesar do movimento de alta na produção agrícola. Geralmente, em agosto/setembro vive-se o auge da seca, quando os catastrofistas vêm todos os anos denunciar o estado do clima e a destruição das florestas por causa das queimadas. Sendo que as queimadas são um instrumento de uso do solo já praticado pelos indígenas para abertura de terras para lavoura, justamente nesta época.
Não se quer aqui incentivar as queimadas ou abandonar a preservação da floresta, até porque o maior interessado na preservação do meio-ambiente é o próprio agricultor, que dele depende para ter água e solo. Contudo, convém lembrar aos espectadores da enxurrada de catastrofismo climático veiculado pelos grandes órgãos de mídia algumas verdades sobre o estado da produção agrícola no país. Um indicativo das condições climáticas do Brasil, mostrando que a agricultura vai muito bem, apesar de tudo.